Quem vai vencer a Liga dos Campeões em 2019-20?

A Liga dos Campeões está finalmente de volta. As melhores equipas do continente mobilizam esforços e centram atenções na disputa da competição que vai ser concluída com um formato peculiar.

Metade dos embates relativos aos oitavos de final estão por concluir, mas já há grandes nomes de fora, entre os quais o campeão em título Liverpool, o finalista Tottenham e ainda o gigante alemão Borussia Dortmund. Juventus, Manchester City, Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique querem confirmar as respetivas vagas na próxima fase, decisões que vão ser jogadas na sexta (dia 7) e no sábado (dia 8).

A competição sofreu alterações no seu formato e as eliminatórias que se seguem (“quartos” e “meias”) vão ser disputadas a uma só mão e a final vai ter lugar no Estádio do Sport Lisboa e Benfica, mais conhecido por Estádio da Luz, no dia 23 de agosto.

A prova de clubes mais importante do mundo tem tudo para ser mais equilibrada que nunca. Quem são os favoritos? E os “outsiders”? No final, quem vai erguer o troféu? As noas previsões para a Liga dos Campeões estão nas linhas abaixo.

Favoritos

Bayern Munique

Os alemães têm andado arredados do sucesso em contexto de Liga dos Campeões, dado que a última vitória na prova remonta à época 2012/13. Desde então, os emblemas espanhóis t
em dominado a competição, com sucesso inglês pelo meio.

Durante muito tempo, o Bayern de Munique depositou demasiadas esperanças em Arjen Robben e Frank Ribéry, jogadores que marcaram uma era no clube mas terminaram os respetivos percursos como “sombras” daquilo que foram outrora. Os “Bávaros” contam agora com “sangue novo” nas posições mais adiantadas do terreno, confiando as suas chances a jogadores como Serge Gnabry (12 golos e 10 assistências) e Philippe Coutinho (oito golos e seis assistências), sem esquecer Thomas Muller (oito golos e 21 assistências) e muito menos Robert Lewandowski que tem aproveitado as oportunidades das quais beneficia e leva 34 tentos apontados no campeonato.

A principal “pedra no sapato” do Bayern diz respeito ao facto de estar alheado do sucesso europeu há demasiado tempo. As eliminações precoces têm perseguido a formação alemã ao longo dos últimos anos, sendo que, na última edição, o “Colosso da Baviera” caiu às mãos do Liverpool numa eliminatória que culminou com um desaire agregado por três bolas a uma. Neste momento, o Bayern atravessa um ótimo momento, perdeu apenas quatro jogos na Bundesliga e lidera a eliminatória com uma vantagem de 3-0 frente ao Chelsea, pelo que a continuidade em prova é praticamente um dado adquirido.

Manchester City

Que dizer sobre o Manchester City e a Liga dos Campões? Habitualmente tidos como favoritos à vitória final, os “Citizens” têm sempre caído demasiado cedo atendendo à qualidade que reúnem no seu plantel. Na última época, os ingleses “aniquilaram” o Schalke 04 com um resultado agregado de 10-2 nos “oitavos” da prova frente ao Schalke 04, mas na eliminatória seguinte caíram frente ao Tottenham, emblema londrino que beneficiou derivado dos golos apontados fora de portas. A queda nos quartos de final correspondeu a uma despedida prematura para um clube que gastou centenas de milhões com o intuito de vencer todas as competições. A situação atual é praticamente de “tudo ou nada” para Pep Guardiola no que diz respeito à Liga dos Campeões, sendo que o treinador do City falha a tão desejada vitória desde 2016.

Neste mês de agosto, as esperanças e expectativas dos adeptos estão associadas à inteligência de Pep Guardiola e à mestria de Kevin De Bruyne. O técnico catalão tem criado um sistema em volta do internacional belga, um criador por natureza, capaz de marcar e assistir. Os principais problemas do Manchester City estão associados à componente defensiva, nomeadamente à quantidade de erros individuais no sector mais recuado que têm afetado a equipa na atual temporada. Os 35 golos sofridos em 38 encontros na Premier League podem não fazer soar o alarme, mas a maioria dos tentos encaixados aconteceram em jogos cruciais, resultado de má coordenação e articulação entre Ederson e os seus defesas. O excesso de exposição defensiva poderá ser um problema para os “Citizens”.

Outsiders

Juventus

Curiosamente, as Casas de Apostas catalogam a Juventus como uma autêntica “outsider”, dado que só Real Madrid, Nápoles, Lyon e Chelsea apresentam odds mais altas por esta altura. A derrota por uma bola a zero na primeira mão da eliminatória frente ao Lyon exige que a Juve esteja ao seu melhor nível para avançar, mas a equipa francesa não entra em cena a título oficial desde o encerramento prematuro da Ligue 1, pelo que o maior ritmo dos italianos poderá ser chave para avançar. Porém, o sistema defensivo dos transalpinos não tem sido propriamente consistente e a equipa leva 43 tentos encaixados. Além disso, ainda que se tenha sagrado campeã, a Juve perdeu três dos últimos quatro encontros que disputou na Série A e ficou somente um ponto à frente do Inter de Milão.

Apesar de todos os problemas da Juve no cômputo defensivo, a presença de um jogador decisivo como Cristiano Ronaldo aumenta as probabilidades de sucesso. O internacional português pode ser o factor diferenciador e os 128 golos marcados em contexto de Liga dos Campeões falam por si só. A desapontante derrota da Juve por 3-2 (resultado agregado) frente ao Ajax terá afetado o português profundamente, dado que a Juve nem sequer esteve entre os quatro finalistas. Agora, os italianos têm a hipótese de vencer a competição num formato diferente, tendencialmente mais equilibrado, pelo que a “Vecchia Signora” pretende voltar a colocar o Calcio no topo da Europa, algo que não acontece desde a vitória do Inter em 2010.

As nossas previsões

Bayern Munique

Apesar do marasmo em contexto europeu nos últimos anos, o Bayern de Munique é o primeiro nome que nos vem à cabeça quando discutimos o potencial vencedor da próxima edição da Liga dos Campeões. O Manchester City e até o Barcelona de Leo Messi não devem ser subestimados, mas o facto de o Bayern ter uma vantagem de três golos frente ao Chelsea significa que o lugar na próxima fase está praticamente assegurado, com Robert Lewadowski de olhos na possibilidade de se tornar o melhor marcador da competição. Num ano em que a conjuntura é tão peculiar, a probabilidade de o Bayern acabar com o “jejum” europeu parece-nos elevada.